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O Lavrador Assustado
Eu fui para o campo na folga que tive;
O estranho talvez riu, não cheguei a ver;
A choça, pronta pra abrigar-me de chuva;
E o livro em meu bolso foi lido sem mora.
O pássaro abrigou-se, mas logo foi embora;
O cavalo veio ver, e alegre quedou;
Ficou em silêncio e mexeu a cabeça,
Parecendo ouvir o poema que eu lia.
O lavrador talvez volte após a lida
Pensando a que tinha vindo aquele ser,
Sentado a um canto, lendo, o dia todo,
A gargalhar ao fim de cada leitura.
Outro pássaro sobrevoou, e se debruça
Onde o corvo grita feito um camponês;
A cotovia no alto me enfeitiçou,
Então sentei e me uni ? melodia.
Eu bem pude aturar o tosco campônio:
Seu louvor nada vale, sua censura é inútil;
A fama atiçou-me, e lidei todo o dia
Té os campos poderem viver no meu poema.
poema de
John Clare
, tradução de Luís Augusto Fischer
borda contínua
borda tracejada
borda pontilhada
borda dupla
borda entalhada
borda em ressalto
borda em baixo relevo
borda em alto relevo
nenhuma borda
azul
verde
vermelho
roxo
ciano
ouro
prata
preto