Deus é um círculo em que o centro está em toda parte e o acesso é por nenhuma parte.
citação de Empédocles
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Citações relacionadas
Isto é um presente de Deus. Sentir querubins aonde a maior parte das pessoas vęem gansas.
aforismo de Valeriu Butulescu, tradução de Roxana Ripeanu
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Bernardo: A noite passada, á hora em que esta estrella que vêem ao poente do polo descreve o seu giro e vem illuminar esta parte do firmamento, em que ora brilha, no momento em que na torre soava uma hora, Marcello e eu...
diálogo in Hamlet, Acto primeiro, Cena 1, roteiro de William Shakespeare (1599), tradução de D. Luís I, Rei de Portugal
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Em Portugal a emigração não é, como em toda a parte, a transbordação de uma população que sobra; mas a fuga de uma população que sofre.
Eça de Queirós in Uma Campanha Alegre (1891)
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Todos os homens são passíveis de errar; e a maior parte deles é, em muitos aspectos, por paixão ou interesse tentada a fazê-lo.
citação de John Locke
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Richard: Chorar é tornar menor a profundidade do sofrimento.
diálogo in Henrique VI, Parte 3, Ato II, Cena 1, roteiro de William Shakespeare (1591)
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Trabalho para mim tornou-se uma espécie de hobby. Eu era uma parte de algo que me deu a independência financeira eo aluguel é pago.
citação de Matt LeBlanc
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Julgo razoável, leitor, antes de prosseguirmos juntos, explicar-te que pretendo fazer digressões no decurso de toda esta história sempre que me ensejar oportunidade, da qual sou melhor juiz do que qualquer lastimoso crítico que existia; e cumpre-me pedir aqui a todos esses críticos que tratem da sua vida, e não se metam em negócios ou obras que, de maneira nenhuma, lhes dizem respeito; pois, enquanto não apresentarem a autoridade por cuja virtude se constituíram juízes, não me sujeitarei ? sua jurisdição.
citação de Henry Fielding
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Julgo razoável, leitor, antes de prosseguirmos juntos, explicar-te que pretendo fazer digressões no decurso de toda esta história sempre que me ensejar oportunidade, da qual sou melhor juiz do que qualquer lastimoso crítico que existia; e cumpre-me pedir aqui a todos esses críticos que tratem da sua vida, e não se metam em negócios ou obras que, de maneira nenhuma, lhes dizem respeito; pois, enquanto não apresentarem a autoridade por cuja virtude se constituíram juízes, não me sujeitarei ? sua jurisdição.
citação de Henry Fielding
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Floresta, porque tremes?...
– Floresta, porque tremes?
Não chove, o vento não uiva,
Nem te estremece a ramagem.
– Como posso não tremer
Se o meu tempo está a findar!
Morre o dia, nasce a noite
E fenecem os meus ramos.
Nas folhas velhas um sopro gélido
os meus cantores afugenta;
com o seu hálito outonal
Parte o Verão, chega o Inverno
como não hei-de tremer
vendo as aves abalar
E pelo céu gélido passam
os bandos de andorinhas,
com elas vão meus sonhos
e ficam os pensamentos
Uma a uma vão voando
e o dia noite se faz
nos instantes que me fogem
num bater de asas fugaz.
E eu fico desamparada
tremendo fria, gelada
Meus sonhos foram com as aves
e toda a minha alegria
voou para longe também.
poema de Mihai Eminescu
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O inferno somos nós próprios e a única redenção é quando nos colocamos a nós próprios à parte e concentramos os nossos sentimentos noutra pessoa.
citação de Tennessee Williams
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Atravessa Esta Paisagem o Meu Sonho
Atravessa esta paisagem o meu sonho dum porto infinito
E a cor das flores é transparente de as velas de grandes navios
Que largam do cais arrastando nas águas por sombra
Os vultos ao sol daquelas árvores antigas...
O porto que sonho é sombrio e pálido
E esta paisagem é cheia de sol deste lado...
Mas no meu espírito o sol deste dia é porto sombrio
E os navios que saem do porto são estas árvores ao sol...
Liberto em duplo, abandonei-me da paisagem abaixo...
O vulto do cais é a estrada nítida e calma
Que se levanta e se ergue como um muro,
E os navios passam por dentro dos troncos das árvores
Com uma horizontalidade vertical,
E deixam cair amarras na água pelas folhas uma a uma dentro...
Não sei quem me sonho...
Súbito toda a água do mar do porto é transparente
E vejo no fundo, como uma estampa enorme que lá estivesse
desdobrada,
Esta paisagem toda, renque de árvore, estrada a arder em aquele
porto,
E a sombra duma nau mais antiga que o porto que passa
Entre o meu sonho do porto e o meu ver esta paisagem
E chega ao pé de mim, e entra por mim dentro,
E passa para o outro lado da minha alma...
poema de Fernando Pessoa
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Deus pode tudo, excepto mudar o passado. Não está à altura dos historiadores.
aforismo de Aleksandar Cotric, tradução de Tamina Šop
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O Corvo
Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."
Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!
Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".
E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.
A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.
Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
"É o vento, e nada mais."
Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.
E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".
Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos seus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "Nunca mais".
Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigos, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".
Disse o corvo, "Nunca mais".
A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".
Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureira dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".
Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sombras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sombras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!
Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ânsia e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
E a minhalma dessa sombra que no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!
poema de Edgar Allan Poe (1845), tradução de Fernando Pessoa
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Deus, deis-nos asas para voar. A terra está cheia de beleza. Nada deve ser pisado.
aforismo de Valeriu Butulescu, tradução de Roxana Ripeanu
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Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
poema de Florbela Espanca in Charneca em Flor (1931)
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A primeira história sobre a Divisão nasce na antiga Pérsia: o deus do tempo, depois de haver criado o universo, dá-se conta da harmonia à sua volta, mas sente que falta algo muito importante – uma companhia com quem desfrutar toda aquela beleza.
Paulo Coelho in O Demônio e a Srta. Prym (2000)
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Falta que Deus mande uns invernos direitinho. Está com Ele; se Ele não mandar chuva, que é que a gente faz?
citação de Rachel de Queiroz
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Foi da revolta que lhe estou figurando por estas considerações que nasceu o meu anarquismo de então — o anarquismo que, já lhe disse, mantenho hoje sem alteração nenhuma.
Fernando Pessoa in O Banqueiro Anarquista (1922)
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Esquecemos as razões profundas da corrupção, a falência múltipla do Estado, obsoleto, corporativo, ocupado por interesses espúrios, cuja ineficiência tem, por maiores vítimas, os pobres e indefesos. Se continuarmos a pensar nos sintomas, e não na doença, não conseguiremos mudar as coisas. Só se Deus for mesmo brasileiro...
citação de Roberto Campos
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O poema é um processo de exploração, um esforço para atingir o círculo que é o seu foco, e retornar ao ponto de partida com uma maior compreensão do mesmo.
citação de T.S. Eliot
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