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William Shakespeare

Hamlet: De modo nenhum! Luctarei com os meus presentimentos; a Providencia tem já escripto o meu destino. Se tenho de morrer, nada o evitará, forçoso é obedecer aos seus decretos; que seja hoje ou ámanhã, estou prompto; tenho dito. Poisque o homem não é senhor do seu destino, que importa que seja mais tarde ou mais cedo? Será o que Deus quizer.

diálogo in Hamlet, roteiro de William Shakespeare (1599)Reportar um problemaCitações relacionadas
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Citações relacionadas

Soneto de fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

poema de Vinícius de Moraes (1960)Reportar um problemaCitações relacionadas
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E.E. Cummings

Carrego seu coração

Carrego seu coração comigo
Eu o carrego no meu coração
Nunca estou sem ele
Onde eu for, você vai, minha querida
Não temo o destino
Você é meu destino, meu doce
Não quero o mundo pois, beleza
Você é meu mundo, minha verdade
Eis o segredo que ninguem sabe
Aqui está a raiz da raiz
O broto do broto
E o céu do céu
De uma arvore chamada vida
Que cresce mais do que a alma pode esperar
Ou a mente pode esconder
E esse é o prodigio
Que mantem as estrelas a distancia
Carrego seu coraçao comigo
Eu o carrego no meu coraçao.

poema de E.E. CummingsReportar um problemaCitações relacionadas
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William Shakespeare

A rainha da peça: Sempre que o amor é grande, as apprehensões mais breves transformam-se de prompto em maximos temores; quando é grande o receio, os affectos mais leves ascendem de repente aos mais grandes amores.

diálogo in Hamlet, Acto terceiro, Cena 2, roteiro de William Shakespeare (1599), tradução de D. Luís I, Rei de PortugalReportar um problemaCitações relacionadas
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William Shakespeare

Polonio: Senhor! esteja vossa magestade certo que a minha alma põe a par a dedicação ao meu rei e o respeito e amor ao meu Deus. A menos que a minha sagacidade habitual me enganasse, descobri a verdadeira causa da loucura do senhor Hamlet.

diálogo in Hamlet, Acto segundo, Cena 2, roteiro de William Shakespeare (1599), tradução de D. Luís I, Rei de PortugalReportar um problemaCitações relacionadas
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Fernando Pessoa

E então a esta hora da noite parece-me que estou num deserto; estou com sêde e não tenho quem me dê qualquer cousa a tomar; estou meio-doido com o isolamento em que me sinto e nem tenho quem ao menos vele um pouco aqui enquanto eu tentasse dormir.

citação de Fernando Pessoa (1920)Reportar um problemaCitações relacionadas
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Fernando Pessoa

É agora necessário que eu diga que espécie de homem sou. O meu nome não importa, nem qualquer detalhe externo sobre mim. É acerca do meu carácter que algo deve ser dito.

citação de Fernando PessoaReportar um problemaCitações relacionadas
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Fernando Pessoa

Tenho prazer em ser vencido quando quem me vence é a razão, seja quem for o seu procurador.

citação de Fernando PessoaReportar um problemaCitações relacionadas
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Casanova

Vou começar com esta confissão: o que tenho feito no curso da minha vida, quer seja bom ou mal, tem sido feito livremente; sou um agente livre.

citação de CasanovaReportar um problemaCitações relacionadas
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Se eu morresse amanhã

Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!

Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que amanhã!
Eu pendera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!

Que sol! que céu azul! que dove n'alma
Acorda a natureza mais loucã!
Não me batera tanto amor no peito,
Se eu morresse amanhã!

Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!

poema de Álvares de Azevedo (1852)Reportar um problemaCitações relacionadas
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Edgar Allan Poe

O Corvo

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!

Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.

Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
"É o vento, e nada mais."

Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.

E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".

Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos seus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "Nunca mais".

Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigos, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".
Disse o corvo, "Nunca mais".

A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".

Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureira dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".

Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sombras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sombras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!

Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ânsia e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
E a minhalma dessa sombra que no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!

poema de Edgar Allan Poe (1845), tradução de Fernando PessoaReportar um problemaCitações relacionadas
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Fernando Pessoa

Hoje, ao tomar de vez a decisão de ser Eu, de viver à altura do meu mister, e, por isso, de desprezar a ideia do reclame, e plebeia sociabilizacão de mim, do Interseccionismo, reentrei de vez, de volta da minha viagem de impressões pelos outros, na posse plena do meu Génio e na divina consciência da minha Missão. Hoje só me quero tal qual meu carácter nato quer que eu seja; e meu Génio, com ele nascido, me impõe que eu não deixe de ser.

Fernando Pessoa in Páginas Íntimas e de Auto-InterpretaçãoReportar um problemaCitações relacionadas
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Washington Irving

O ídolo de hoje empurra o herói de ontem fora de nossa recordação; e, será substituído por sua vez por seu sucessor de amanhã.

citação de Washington IrvingReportar um problemaCitações relacionadas
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William Butler Yeats

Ele Deseja os Tecidos Bordados do Paraíso

Tivesse eu os tecidos bordados do paraíso,
Adornados com luz dourada e prateada,
Os azuis, sombrios e escuros tecidos
Da noite e da luz e da meia-luz,
Eu os estenderia sob seus pés:
Porém, sendo pobre, tenho apenas meus sonhos;
Eu estendi meus sonhos sob seus pés;
Pise suavemente porque você está pisando em meus sonhos.

poema de William Butler Yeats (1899), tradução de Ricardo CabúsReportar um problemaCitações relacionadas
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Não toques nos objectos imediatos

Não toques nos objectos imediatos.
A harmonia queima.
Por mais leve que seja um bule ou uma chávena,
são loucos todos os objectos.
Uma jarra com um crisântemo transparente
tem um tremor oculto.
É terrível no escuro.
Mesmo o seu nome, só a medo o podes dizer.
A boca fica em chaga.

poema de Herberto HelderReportar um problemaCitações relacionadas
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William Butler Yeats

As Sedas Bordadas Do Céu

Se eu tivesse as sedas bordadas do céu,
com bainhas de luz de ouro e de prata,
as sedas azuis e sombrias e escuras,
da noite e da luz e da meia-luz,

deitava-as todas aos teus pés.

Mas eu sou pobre e só tenho os meus sonhos.
Deitei-os todos aos teus pés.
Pisa com cuidado,
é nos meus sonhos que estás a pisar.

poema de William Butler Yeats (1899), tradução de Miguel Esteves CardosoReportar um problemaCitações relacionadas
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Pablo Neruda

Se você me esquecer

Eu quero que você saiba uma coisa.

Você sabe como, como é:
se eu olhar a lua de cristal,
os ramos rubros
do lento outono em minha janela,
se eu tocar perto do fogo
a implacável cinza,
ou o enrugado corpo da lenha,
tudo me leva a você,
como se tudo o que existe,
aromas, luz, metais,
fossem pequenos barcos
que navegam
em direção às tuas ilhas que me esperam.

Bem, agora...
se pouco a pouco você deixar de me amar,
vou parar de te amar, pouco a pouco.

Se, de repente,
você me esquecer,
não olhe para mim,
pois eu já me esqueci de você.

Se você considera longo e louco,
o vento das bandeiras
que passa pela minha vida,
e você decide
me deixar na praia,
do coração em que tenho raízes,

Lembre-se...
que naquele dia,
àquela hora,
eu levantarei meus braços,
e minhas raízes partirão
a procurar outra terra.

Mas, se cada dia, cada hora,
você sente que você está destinado para mim,
com doçura implacável,
se a cada dia uma flor
sobe até seus lábios a me procurar,
Ah... Meu Amor, Ah Meu...
em mim todo esse fogo se repete,
em mim nada é extinguido ou esquecido,
Meu Amor se alimenta do seu Amor Amado,
e enquanto você viver,
estará em seus braços,
sem deixar os meus!

poema de Pablo NerudaReportar um problemaCitações relacionadas
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Marco Aurélio

Nada sucede ao homem que sua natureza não seja capaz de suportar.

Marco Aurélio in Meditações, V, 18Reportar um problemaCitações relacionadas
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John Webster

Não há nada mais torturante para o homem do que os seus próprios pensamentos.

John Webster in O Demónio Branco (1612)Reportar um problemaCitações relacionadas
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Fernando Pessoa

Em certos casos, quanto mais nobre é o génio, menos nobre é o destino. Um pequeno génio ganha fama, um grande génio ganha descrédito, um génio ainda maior ganha desespero; um deus ganha crucificação.

Fernando Pessoa in HeróstratoReportar um problemaCitações relacionadas
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Fernando Pessoa

Como a Noite é Longa!

Como a noite é longa!
Toda a noite é assim...
Senta-te, ama, perto
Do leito onde esperto.
Vem p’r’ao pé de mim...

Amei tanta coisa...
Hoje nada existe.
Aqui ao pé da cama
Canta-me, minha ama,
Uma canção triste.

Era uma princesa
Que amou... Já não sei...
Como estou esquecido!
Canta-me ao ouvido
E adormecerei...

Que é feito de tudo?
Que fiz eu de mim?
Deixa-me dormir,

Dormir a sorrir
E seja isto o fim.

poema de Fernando PessoaReportar um problemaCitações relacionadas
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