O mar trará para os homens esperanças, assim como o sono traz os sonhos.
citação de Cristóvão Colombo
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Citações relacionadas
Sempre
Ao contrário de ti
não tenho ciúmes.
Vem com um homem
? s costas,
vem com cem homens nos teus cabelos,
vem com mil homens entre os seios e os pés,
vem como um rio
cheio de afogados
que encontra o mar furioso,
a espuma eterna, o tempo.
Trá-los todos
até onde te espero:
estaremos sempre sozinhos,
estaremos sempre tu e eu
sozinhos na terra
para começar a vida.
poema de Pablo Neruda in Os Versos do Capitão (1952)
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O Mar: Concerto para cravo e grãos de areia.
Dan Costinaş in A Sombra do Mar e outras confissões (2012), tradução de Dan Costinaş
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Hamlet: Antigamente, assim como os nossos homens d'estado considerava uma vergonha ter boa letra; e se soubesses quanto eu desejei perdel-a! mas n'esta occasião foi-me maravilhosamente util.
diálogo in Hamlet, Acto quinto, Cena 2, roteiro de William Shakespeare (1599), tradução de D. Luís I, Rei de Portugal
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Segunda Veladora: Todo este paiz é muito triste... Aquelle onde eu vivi outr’ora era menos triste. Ao entardecer eu fiava, sentada á minha janella. A janella dava para o mar e ás vezes havia uma ilha ao longe... Muitas vezes eu não fiava; olhava para o mar e esquecia-me de viver. Não sei se era feliz. Já não tornarei a ser aquilo que talvez eu nunca fôsse...
Primeira Veladora: Fora de aqui, nunca vi o mar. Ali, daquela janela, que é a única de onde o mar se vê, vê-se tão pouco!... O mar de outras terras é belo?
Segunda Veladora: Só o mar das outras terras é que é belo. Aquele que nós vemos dá-nos sempre saudades daquele que não veremos nunca...
diálogo in O Marinheiro, roteiro de Fernando Pessoa (1913)
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Assim como lavamos o corpo deveríamos lavar o destino, mudar de vida como mudamos de roupa — não para salvar a vida, como comemos e dormimos, mas por aquele respeito alheio por nós mesmos, a que propriamente chamamos asseio.
citação de Fernando Pessoa
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Dinheiro é tão importante para minha vida social assim como minha saúde é para meu corpo.
citação de Mason Cooley
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Tomemos aos homens como são, não como deveriam ser.
citação de Franz Schubert
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Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
poema de Fernando Pessoa in Mensagem (1934)
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Ser poeta
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E năo saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhăs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizę-lo cantando a toda a gente!
poema de Florbela Espanca in Charneca em Flor (1930)
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Floresta, porque tremes?...
– Floresta, porque tremes?
Não chove, o vento não uiva,
Nem te estremece a ramagem.
– Como posso não tremer
Se o meu tempo está a findar!
Morre o dia, nasce a noite
E fenecem os meus ramos.
Nas folhas velhas um sopro gélido
os meus cantores afugenta;
com o seu hálito outonal
Parte o Verão, chega o Inverno
como não hei-de tremer
vendo as aves abalar
E pelo céu gélido passam
os bandos de andorinhas,
com elas vão meus sonhos
e ficam os pensamentos
Uma a uma vão voando
e o dia noite se faz
nos instantes que me fogem
num bater de asas fugaz.
E eu fico desamparada
tremendo fria, gelada
Meus sonhos foram com as aves
e toda a minha alegria
voou para longe também.
poema de Mihai Eminescu
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Eu não sei o que o amanhã trará.
citação de Fernando Pessoa
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Dream Song 14
A vida, amigos, é um tédio. Não devemos dizer isso.
Afinal, o céu faísca, o grande mar anseia,
nós próprios faiscamos e ansiamos,
e ainda por cima em pequeno a minha mãe dizia-me
(repetidamente) «Confessares-te entediado
significa que não tens
Recursos próprios.» Concluo agora não ter
recursos próprios, pois sinto um tédio de morte.
As pessoas entediam-me,
a literatura entedia-me, especialmente a grande literatura,
o Henry entedia-me, com as suas queixas & os seus tendões
tão anquilosados como os de Aquiles,
o qual ama as pessoas e a arte valorosa, o que me entedia.
E as plácidas colinas, & o gin dão-me seca
e de alguma forma um cão
levou-se a si & à sua cauda para bem longe
para as montanhas ou o mar ou o céu, deixando-
-me a menear.
poema de John Berryman in The Dream Songs (1969), tradução de Daniel Jonas
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Para os propósitos de preservação da fala, das vozes e das últimas palavras de um membro da família que está a morrer - como a de grandes homens - o fonógrafo desbancará inquestionavelmente a fotografia.
citação de Thomas Edison
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Aedh Deseja Os Tecidos Do Céu
Se eu tivesse, do céu, os tecidos
Drapejados, bordados com luz
De ouro e prata, e os escuros tecidos
Azuis da noite e a meia-luz
E a luz, deitava-os sob os teus pés:
Mas, pobre, tenho apenas meus sonhos;
Deitei meus sonhos sob os teus pés;
Pisa de mansinho, pois são meus sonhos.
poema de William Butler Yeats (1899), tradução de André Vallias
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Os Tecidos do Céu
Tivesse eu do céu as bordadas vestes
Trabalhadas com ouro e prateada luz
O azul e o escuro e a negra veste
Da noite e a luz e a meia-luz
Eu espalharia as vestes sob teus pés
Mas, sendo pobre, tenho só meus sonhos
Eu espalhei meus sonhos sob teus pés
Pise com calma, pois pisa em meus sonhos.
poema de William Butler Yeats (1899), tradução de Lucas Bertolo
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Nunca nos devemos envergonhar das nossas lágrimas.
Charles Dickens in Grandes Esperanças (1860)
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Se escolheres o prazer, conscientiza-te que atrás dele há alguém que só te trará atribulações e arrependimento.
citação de Leonardo da Vinci
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Ele Deseja os Tecidos Bordados do Paraíso
Tivesse eu os tecidos bordados do paraíso,
Adornados com luz dourada e prateada,
Os azuis, sombrios e escuros tecidos
Da noite e da luz e da meia-luz,
Eu os estenderia sob seus pés:
Porém, sendo pobre, tenho apenas meus sonhos;
Eu estendi meus sonhos sob seus pés;
Pise suavemente porque você está pisando em meus sonhos.
poema de William Butler Yeats (1899), tradução de Ricardo Cabús
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Soneto XVII
Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
te amo como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
senão assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
poema de Pablo Neruda in Cem Sonetos de Amor (1959), tradução de Carlos Nejar
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Ele Deseja Os Mantos Do Céu
Se eu tivesse os mantos bordados do céu,
Envoltos com luz de ouro e prata,
Os azuis e os cerúleos e os escuros mantos
Da noite e da luz e da meia-luz,
Eu estenderia os mantos sob teus pés;
Mas eu, por ser pobre, só tenho os meus sonhos;
Eu estendi os meus sonhos sob teus pés;
Pisa com cuidado porque pisas nos meus sonhos.
poema de William Butler Yeats (1899), tradução de Rachel Gutiérrez
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